Compartilhamos nos vídeos um pequeno resumo do dia de abertura do VII Congresso SINTEC e a entrevista na TV Ciudadano.
Fragmentos das palavras das delegações internacionais, somadas às do companheiro José Santos da CNTC.Ch e o presidente do SINTEC, companheiro Jorge Hernández.
Veja abaixo o discurso de Lúcia Maia, presidente da FLEMACON na abertura do VII Congresso Nacional de Delegados e Delegadas do SINTEC-CHILE, que aconteceu em Santiago do Chile, nos dias 24 e 25 de agosto.
“Em nome da FLEMACON – Federação Latino-americana e Caribenha dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Construção, Madeira e Materiais de Construção quero fazer uma saudação calorosa aos delegados e delegadas ao VII Congresso do Sindicato Nacional de Trabalhadores da Construção, Montagem Industrial e Outros – SINTEC-CHILE.
Nossa gratidão pela fraternidade e pela solidariedade, hospitalidade com que nos recebem os companheiros e companheiras anfitriões.
Penso que alguns temas nos atraem a este VII Congresso, na busca do fortalecimento nesta etapa de unidade. Quero destacar dois temas que considero de extrema
importância para definir nossa atuação: Análise de Conjuntura e a questão da Saúde e Segurança no Trabalho.
Companheiras e companheiros, com relação à conjuntura, o VII Congresso do SINTEC acontece em meio a forte crise estrutural do capitalismo, acompanhada da disputa por espaços geopolíticos. Ou seja, a luta do imperialismo por novos polos de poder. Daí a sua ameaça à paz mundial, a agressividade militar tentando evitar seu próprio declínio. A guerra da Ucrânia é uma manifestação extremada desse processo.
Aliada à crise econômica, deve-se somar a crise ambiental, a energética e a crise alimentar. São situações que exigem de nós, representantes da classe trabalhadora e dos povos no mundo uma firme resposta e eficaz atuação.
Quanto à questão da Saúde e Segurança, a verdade é que a relação do trabalhador com a deterioração da saúde é conhecida há muitos séculos. Com a revolução industrial esta situação de trabalho e saúde assumiu feições de genocídios.
Nos países que primeiro se industrializaram, milhões de operários e operárias, incluindo crianças, morreram por acidentes e doenças associadas ao trabalho, antes que a primeira legislação de proteção à saúde fosse implementada.
Mesmo com o avanço das novas tecnologias, as mortes e os acidentes graves continuam acontecendo. Dizem que a saúde é uma questão assistencialista, que deve se voltar ao indivíduo doente. Para nós a questão da saúde do trabalho merece políticas públicas, pois envolve interesses sociais e comuns.
Então, companheiros e companheiras, a pergunta é: Com que medicina ficamos, com a do trabalho ou com a do capital? Porque a força de trabalho assalariada continua como escrava, a ser um bem de uso.
Outro tema a ser tratado na área da saúde no trabalhado é o Assédio Moral. Ele expõe o trabalhador a situações de constrangimento, humilhação durante o exercício de sua função. É uma atitude desumana, violenta que põe em risco a saúde e a própria vida da vítima.
Necessário que este Congresso marque um ponto de inflexão sobre o que queremos juntos. Definir uma pauta de ação que nos fortaleça no trabalho conjunto, nos pontos que nos unem em benefício da nossa categoria.
Queremos também intensificar o intercâmbio entre os trabalhadores e trabalhadoras dos nossos países que compartilham de tantas lutas, que tanto têm em comum nas suas
raízes, na formação do perfil de duas nacionalidades.
A FLEMACON entende que o fortalecimento desse intercâmbio é fundamental para assegurar nossa independência, a soberania de nossa nações e avançar na luta pelo socialismo”.