9 de outubro: Todo o movimento sindical e o tecido social das organizações sociais, recordam o dia em que a SUNCA, em plena ditadura civil-militar, parou em defesa da democracia e da liberdade.
Após as mobilizações realizadas pelo sindicato da construção civil ao longo do ano 74, avaliou-se que havia um ânimo geral entre os trabalhadores em continuar a luta para preservar a Lei de Unificação das Contribuições, conseguir a cobrança imediata dos salários atrasados e denunciar. a arbitrariedade do regime.
▪Foi neste quadro que a SUNCA tomou a firme decisão de realizar uma greve de um dia, mais de um ano após a instalação da ditadura. Assim, o jornal El País noticiou na sua primeira página a dissolução da SUNCA e depois publicou as fotos e nomes dos dirigentes sindicais requeridos pelas Forças Conjuntas.
▪Verdadeira bofetada dos trabalhadores da construção civil face à ditadura, a que esta responde com a ilegalização da SUNCA, a prisão de dezenas de activistas sindicais e a intimação policial dos dirigentes.
▪Em 9 de outubro de 1974, no Uruguai, os trabalhadores da construção civil iniciaram uma medida histórica, quando o sindicato convocou uma greve de 24 horas. Em defesa da Lei 13.893 (Lei de Unificação das Contribuições), lei que até hoje continua sendo um instrumento fundamental para garantir melhores condições aos trabalhadores da nossa indústria.
▪Esta resistência desencadeou uma repressão feroz, que até transformou o nosso querido local num centro de detenção. Anos depois conseguimos recuperar as nossas instalações e conseguimos recuperar alguns colegas do confinamento, ainda estamos à procura de outros.
Honra e glória a quem defendeu a dignidade dos trabalhadores e do povo como um todo.