Neste 7 de setembro, o auditório do SINTRACOM-BA lotou com as trabalhadoras e trabalhadores da construção, que participaram do lançamento da adesão do Sindicato à campanha de Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero.
Através da Comissão de Gênero, formada pelas diretoras e diretores Maria Nery, Hercília, Sônia, Lúcia, Arilson, Railêucio, Antônio Marcos e Ailton, o SINTRACOM-BA está convocando as trabalhadoras (es) da construção a se engajarem na campanha, que é muito importante para combater a violência contra as mulheres. Vamos levar essa campanha aos canteiros de obras.
Convidadas (os) presentes: Nole Fraga Evangelista diretora do Sindicato dos Bancários da Bahia, Fátima Barreto socióloga e foi Secretária Geral e uma das primeiras mulheres diretoras do SINTRACOM-BA, Aida Bittencourt arquiteta e diretora da Federação dos Arquitetos, Rosa de Souza presidenta da CTB Bahia, Jerônimo Silva representando a deputada estadual Olívia Santana, vereador Augusto Vasconcelos, dentre outros.
Diretores (as) presentes: Raimundo Brito, também diretor da UITBB, Lúcia Maia presidente da FLEMACON, Sônia Maria, Florisvaldo Bispo, Edson Ataíde, José Ribeiro, Hercília Conceição, Maria Nery, Airaldo Azevedo, Antônio Marcos, Raimundo Basílio, Nilton Luz, Manoel Rodrigues e Laurindo da Paixão.
O diretor Raimundo Brito apresentou a mensagem do presidente Carlos Silva, justificando que não pode comparecer, por motivo de força maior.
A campanha de Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero foi lançada nacionalmente em 23/08, em Brasília, com a presença de representantes do governo, movimentos sociais e times de futebol.
A União Brasileira de Mulheres (UBM), entidade parceira do SINTRACOM-BA, participou do lançamento e representou o nosso Sindicato e a categoria das trabalhadoras (es) do ramo da construção.
A “Mobilização Nacional pelo Feminicídio Zero” é parte da campanha “Feminicídio Zero – Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”, que foi lançada pelo Ministério das Mulheres, no dia 7 de agosto, data que marcou os 18 anos da Lei Maria da Penha (nº 11.340), sancionada pelo presidente Lula em 7 de agosto de 2006. O mês é conhecido como “#Agosto Lilás” e dedicado à conscientização para o fim da violência contra a mulher.
Um dos principais objetivos da Mobilização pelo Feminicídio Zero é fortalecer o DISQUE 180, canal de apoio e denúncia para todas as pessoas, independentemente de sexo denunciarem casos de violência contra as mulheres. O anonimato de quem faz a denúncia é garantido.
A ministra das mulheres, Cida Gonçalves, esclareceu que: “Se o vizinho chamar a polícia quando ouvir uma agressão, se o amigo não naturalizar comportamentos agressivos, se a mãe e as amigas buscarem ajuda e oferecerem apoio à mulher em situação de violência, o feminicídio pode ser evitado”.
Os dados do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam a situação alarmante da violência de gênero no Brasil: 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023 – o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime de Feminicídio, sancionada em 2015, pela então presidenta Dilma Rousseff.
A cada 6 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil. E 63% das vítimas são mulheres negras, demostrando a necessidade de ações que integrem as questões de gênero e raça.
“Para avançarmos e mudar essa realidade é importante a ajuda de cada indivíduo, da iniciativa e da reação de cada um e cada uma de nós. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada. Precisamos criar neste país a cultura de que não basta simplesmente dizer que é contra a violência, é necessário que você se meta! A atitude de enfrentar o feminicídio não é apenas um desafio. Isso tem que ser um valor colado na nossa vida, no nosso dia a dia. Não podemos admitir nenhum tipo de violência”, disse a ministra.