#EnConcreto
O Peru termina o ano de 2023 no meio de uma grande crise de insegurança cidadã e de recessão económica que afecta, de forma mais grave, os mais necessitados.
As medidas económicas tomadas pelo Governo não foram eficazes e os actores económicos perderam a fé e a confiança.
Mesmo com o histórico de mais de 60 mortes durante os protestos no final de 2022 e início de 2023 devido à repressão, o protesto foi ainda mais criminalizado, aumentando para 15 anos a pena de prisão para quem protesta e sai às estradas.
Isto confirma que estamos perante um governo autoritário, apoiado por um Congresso irresponsável e por organizações onde têm aliados, como o Ministério Público, o Tribunal Constitucional e a Provedoria de Justiça, entre outros.
Além disso, a incapacidade de gerir os orçamentos gerou menos trabalho e maior desemprego, factor que estimula o crescimento da criminalidade. Ou seja, não há democracia e há ineficiência.
O país estaria melhor no piloto automático. Neste contexto, trabalhadores e empresários promoveram a Marcha contra o Crime e pela Paz, da qual resgatamos algo positivo: houve a decisão de um setor empresarial e de um setor de trabalhadores de enfrentarem conjuntamente o problema da insegurança cidadã. É o primeiro passo; Procuraremos outros pontos que nos façam coincidir.
Estou convencido de que o Peru precisa fazer reformas políticas e uma nova classe política, mas isso não surgirá da política tradicional, mas sim da base social. Devemos fazer política e uma forma é encontrar consenso entre as forças produtivas do país.
Os trabalhadores e os empresários começaram a abordar a questão da insegurança dos cidadãos, poderemos continuar a encontrar consensos sobre outros aspectos que nos dizem respeito a todos, e apresentar propostas conjuntas para enfrentar os problemas do país, no interesse de uma verdadeira governação participativa.
Por: Luis Villanueva Carbajal Secretário Geral da FTCCP
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#recessão econômica